A linha de pesquisa encontra sustentação no Plano Nacional de Pós-Graduação – PNPG 2011-2020 (CAPES, 2010), especialmente em relação aos itens destacados nos documentos setoriais, com as seguintes tendências temáticas: sustentabilidade da produção, recursos hídricos, recursos pesqueiros e saúde e nutrição animal.
O Mestrado Profissional em Produção e Sanidade Animal (MPSA), relacionado à linha de pesquisa em “Produção e Sanidade Aquícola”, envolve disciplinas relacionadas à carcinicultura, maricultura e aquicultura continental, o que permite a formação de profissional eclético, empreendedor e com uma visão ampla do setor.
A exploração indiscriminada dos estoques pesqueiros aumentou consideravelmente a pressão sobre os bancos naturais, diminuindo significativamente a disponibilidade de várias espécies.
Assim, na área de produção aquícola, o desenvolvimento de novas tecnologias pode tornar a aquicultura uma das alternativas viáveis para suprir a demanda por pescado.
O estado de Santa Catarina se destaca na produção de moluscos bivalves, no entanto, setores como a ranicultura, carcinicultura e a piscicultura também possuem importância significativa para a economia do estado.
A piscicultura continental tem crescido anualmente em todo o território catarinense, propiciando o desenvolvimento de novos negócios com a construção de várias unidades de beneficiamento com inspeção estadual e municipal.
No Estado são cultivadas comercialmente aproximadamente 20 espécies de peixes, destacando-se a tilápia, carpas, truta e o jundiá, que serão as principais espécies de interesse no MPSA.
Na maricultura, a produção de moluscos (mexilhões, ostras e vieiras) as espécies de interesse são: Perna perna (mexilhão), Crassostrea gigas (ostra), Nodipecten nodosus (vieira).
A produção de camarões (Litopenaeus vannamei) cultivados no Estado vinha decrescendo anualmente de 2004 a 2010, em consequência de uma enfermidade conhecida como Síndrome da Mancha Branca. Entretanto em 2011 a produção atingiu o volume de 272 toneladas, representando um aumento de 74,4% em relação a 2010, e também constitui uma importante espécie de estudo para exploração comercial.
A falta de manejo sanitário eficiente, bem como, altas densidades, mão-de-obra sem qualificação, manipulação inadequada, deficiências nutricionais e variações na qualidade da água podem comprometer a produtividade e o crescimento dos sistemas de produção.
Portanto, na área da sanidade aquícola, os projetos do MPSA visarão manter a condição sanitária adequada dos animais de cultivo, através da implantação de programas sanitários, do conhecimento e identificação das principais patologias e parasitoses que podem afetar os organismos cultivados, os estudos voltados aos aspectos nutricionais destes organismos, assim como desenvolver produtos, processos e sistemas de produção capazes de incrementar a sanidade e produtividade da aquicultura do estado.